Se boa parte dos homens é mais ou menos previsível no que se refere
aos estímulos genitais, com as mulheres a coisa é bem diferente: cada
uma gosta de ser tocada de um jeito para chegar lá. Essa diversidade foi
ressaltada por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade
de Indiana, nos Estados Unidos, num artigo publicado no Journal of Sex & Marital Therapy.
As conclusões fazem parte do relatório OMGYes do Prazer: Mulheres e
Toque. Para quem não sabe, a OMGYes.com é uma empresa focada em
desmistificar o prazer sexual feminino. O site traz vídeos explícitos,
mas educativos, sobre como as mulheres se masturbam e suas preferências
sexuais. A iniciativa já foi elogiada por diversas revistas femininas,
nos Estados Unidos, e até pela atriz Emma Watson. É preciso pagar
(atualmente US$ 39), mas tem tradução para o português e até tutoriais
que permitem simular o toque com o touchscreen – um verdadeiro “mapa da mina”.
Esse levantamento específico contou com mais de 1.000 mulheres de 18 a
94 anos. Elas relataram um reportório bem variado de preferências para o
toque genital, com diferenças em relação a local, pressão, forma e
padrão.
Para os pesquisadores, os dados derrubam a noção de que existem
“movimentos sexuais” universais, ou seja, que funcionam para todas. Eles
também destacam que, justamente por isso, os casais devem conversar
sobre seus desejos e preferências.
Quase 75% das mulheres, porém, relataram que a estimulação do
clitóris é necessária para facilitar o orgasmo, ou para deixá-lo mais
prazeroso. Para 18%, a penetração vaginal sozinha não é suficiente para o
orgasmo. Esses dados não chegam a ser novidade, mas é sempre bom
lembrar essa história de orgasmo vaginal e orgasmo clitoriano foi
desmistificada por estudos sérios.
A OMGYes diz que, atualmente, está fazendo pesquisas sobre prazer
sexual na menopausa, na gravidez e no pós-parto, e deve trazer novidades
em breve.
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