terça-feira, 19 de setembro de 2017

Trump promete "destruir" a Coreia do Norte se país insistir na guerra


O presidente americano Donald Trump ameaçou nesta terça-feira ante a Assembleia Geral da ONU "destruir totalmente" a Coreia do Norte, caso as tensões atuais levem a um conflito com o eventual uso de armas nucleares. "Os Estados Unidos têm grande poder e paciência, mas se for forçado a se defender e defender seus aliados, não teremos outra opção do que a de destruir totalmente a Coreia do Norte. O 'rocket man' está em uma missão suicida para si mesmo e para seu regime", afirmou em referência ao líder norte-coreano Kim Jong-un.
 Presidente dos EUA disse que Kim Jong-un está em uma missão suicida | Foto: Timothy A. Clary / AFP / CP
"Os regimes párias representados neste corpo, não só apoiam o terror, como também ameaçam outras nações e seu próprio povo", declarou Trump, diante de cerca de 130 chefes de Estado e de Governo em uma reunião dominada pela ameaça nuclear norte-coreana e o acordo de não-proliferação com o Irã. "O Exército americano vai se tornar em breve mais forte do que nunca", advertiu, considerando que que as nações soberanas e independentes devem ser a base da ordem mundial.
"Nosso sucesso depende de uma coalizão de nações fortes e independentes que abracem sua soberania para promover segurança, prosperidade e paz, para cada um de nós e para o mundo", expressou o presidente, que defende uma visão unilateral do mundo.
Quanto ao Irã, Trump afirmou que o país é dirigido por uma "ditadura corrupta" e chamou o acordo nuclear concluído em 2015 com as grandes potências de uma "vergonha". "O acordo com o Irã é uma das piores transações (...) Francamente, este acordo é uma vergonha para os Estados Unidos".
Em 15 de outubro, Trump vai se pronunciar no Congresso americano se ele considera que Teerã respeita seus compromissos, como indicado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "É hora de o mundo inteiro se unir a nós para exigir que o governo iraniano pare de semear a morte e a destruição", declarou na tribuna 
 da ONU, criticando as "atividades desestabilizadoras" de Teerã.
Além disso, o republicano voltou a defender a sua política, afirmando que sempre colocará "os Estados Unidos em primeiro lugar". Quanto à América Latina, Trump se concentrou especialmente na Venezuela, onde denunciou a "situação inaceitável da ditadura socialista do presidente Nicolas Maduro". "Não podemos ficar à margem e apenas olhar. Como vizinho e amigo responsável, devemos ter um objetivo: recuperar a liberdade, restaurar o país, retomar a democracia", declarou, afirmando estar pronto para "novas ações", sem dar mais detalhes.
A Venezuela já havia sido assunto central em um jantar de trabalho na segunda-feira entre Trump e os presidentes do Brasil, Panamá e Colômbia, além da vice-presidente da Argentina. 


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