O presidente americano Donald Trump ameaçou nesta terça-feira ante a
Assembleia Geral da ONU "destruir totalmente" a Coreia do Norte, caso as
tensões atuais levem a um conflito com o eventual uso de armas
nucleares. "Os Estados Unidos têm grande poder e paciência, mas se for
forçado a se defender e defender seus aliados, não teremos outra opção
do que a de destruir totalmente a Coreia do Norte. O 'rocket man' está
em uma missão suicida para si mesmo e para seu regime", afirmou em
referência ao líder norte-coreano Kim Jong-un.
"Os regimes
párias representados neste corpo, não só apoiam o terror, como também
ameaçam outras nações e seu próprio povo", declarou Trump, diante de
cerca de 130 chefes de Estado e de Governo em uma reunião dominada pela
ameaça nuclear norte-coreana e o acordo de não-proliferação com o Irã.
"O Exército americano vai se tornar em breve mais forte do que nunca",
advertiu, considerando que que as nações soberanas e independentes devem
ser a base da ordem mundial.
"Nosso
sucesso depende de uma coalizão de nações fortes e independentes que
abracem sua soberania para promover segurança, prosperidade e paz, para
cada um de nós e para o mundo", expressou o presidente, que defende uma
visão unilateral do mundo.
Quanto ao Irã, Trump afirmou
que o país é dirigido por uma "ditadura corrupta" e chamou o acordo
nuclear concluído em 2015 com as grandes potências de uma "vergonha". "O
acordo com o Irã é uma das piores transações (...) Francamente, este
acordo é uma vergonha para os Estados Unidos".
Em 15 de
outubro, Trump vai se pronunciar no Congresso americano se ele considera
que Teerã respeita seus compromissos, como indicado pela Agência
Internacional de Energia Atômica (AIEA). "É hora de o mundo inteiro se
unir a nós para exigir que o governo iraniano pare de semear a morte e a
destruição", declarou na tribuna
da ONU, criticando as "atividades
desestabilizadoras" de Teerã.
Além disso, o republicano
voltou a defender a sua política, afirmando que sempre colocará "os
Estados Unidos em primeiro lugar". Quanto à América Latina, Trump se
concentrou especialmente na Venezuela, onde denunciou a "situação
inaceitável da ditadura socialista do presidente Nicolas Maduro". "Não
podemos ficar à margem e apenas olhar. Como vizinho e amigo responsável,
devemos ter um objetivo: recuperar a liberdade, restaurar o país,
retomar a democracia", declarou, afirmando estar pronto para "novas
ações", sem dar mais detalhes.
A Venezuela já havia sido
assunto central em um jantar de trabalho na segunda-feira entre Trump e
os presidentes do Brasil, Panamá e Colômbia, além da vice-presidente da
Argentina.
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