A partir do começo de 2018, unidades
do Sistema Único de Saúde (SUS) distribuirão doses de insulina análoga,
um medicamento mais moderno e de efeito mais rápido, a 100 mil crianças
com diabetes mellitus do tipo 1. A substância será armazenada em uma
embalagem em formato de caneta, o que deverá facilitar o manuseio
durante a aplicação, o reuso do recipiente e seu transporte. O anúncio
foi feito nesta quarta-feira (11) pelo governo federal.
Em um primeiro ciclo, o medicamento será
fornecido a crianças e jovens entre 10 e 14 anos, faixa etária em que a
doença se manifesta de maneira mais intensa e necessita de uma resposta
corpórea mais imediata. Se não tratada, a diabetes mellitus do tipo 1
pode causar danos irreversíveis ao sistema neurológico e dificuldade de
aprendizagem. Os pacientes poderão obter o medicamento em postos de
saúde e unidades da Farmácia Popular.
“Será um grande conforto para essas crianças e uma segurança, à medida que elas tenham a condição de se adaptar melhor”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
“Será um grande conforto para essas crianças e uma segurança, à medida que elas tenham a condição de se adaptar melhor”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Ação mais rápida
Segundo o ministério, a insulina análoga
apresenta diversas vantagens em relação às versões mais comumente
utilizadas. Ao contrário da insulina regular (que tem estrutura idêntica
à insulina humana) e da NPH (mistura de protamina e zinco), que devem
ser aplicadas entre 30 e 45 minutos antes do início das refeições e ao
dormir, a insulina análoga deve ser injetada imediatamente antes das
refeições, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
A ação no organismo leva apenas de 10 a
15 minutos, muito menos que os outros dois tipos, que agem a partir de
30 minutos, no caso da regular, e de uma a três horas, quando usada a
NPH.
O governo investiu R$ 135 milhões na
compra de 8 milhões de unidades do novo insumo. A próxima etapa, ainda
sem data definida, é estender a distribuição da insulina análoga a
adultos.
O grupo com prioridade na fila da
distribuição corresponde a 1% do total de crianças brasileiras com a
doença, que é de 1 milhão. De acordo com a SBD, a cada ano, no mundo,
440 mil crianças desenvolvem o diabetes. Hoje, de acordo com a Vigitel
2016, uma sondagem que acompanha doenças crônicas no país, o diabetes
cresceu 8,9% entre a população adulta.
| Da Agência Brasil
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