Com a saída de Sérgio Moro da 13ª Vara Federal de Curitiba, a juíza
substituta Gabriela Hardt, 42 anos, deve assumir provisoriamente o
andamento dos processos da Lava Jato na 1ª Instância.
A juíza
nasceu em Curitiba e se formou em direito pela UFPR (Universidade
Federal do Paraná). Prestou concurso para a Justiça Federal em 2007 e
foi nomeada como servidora da Seção Judiciária de Curitiba. Dois anos
depois, em 2009, foi nomeada como juíza em Paranaguá.
Em 2014,
virou juíza substituta na 13ª Vara Federal e já vinha atuando em
situações de ausência do magistrado titular. Foi ela, por exemplo, que decretou a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em 17 de maio.
Além
dos casos próprios, a juíza ficará provisoriamente a cargo também de
todos os processos sob responsabilidade de Moro, que não devem ser
redistribuídos e permanecem na 13ª Vara Federal.
Entre os casos,
está por exemplo a ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva é acusado de receber vantagens indevidas da Odebrecht por meio da
reforma de 1 sítio em Atibaia. O depoimento de Lula está marcado para
14 de novembro.
Aos 46 anos, o juiz federal Sérgio Moro será o ministro da Justiça e da Segurança Pública do próximo governo e terá de deixar a magistratura, função na qual atuou por 22 anos. O artigo 95 da Constituição impede que juízes assumam outro cargo ou função e que exerçam atividade político-partidária.
Em nota, disse que“desde logo” afastará do cargo para “evitar controvérsias desnecessárias”.
O
convite para o cargo foi aceito nesta 5ª feira (1º.nov.2018), em
reunião na casa de Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Segundo o juiz, a
proposta foi aceita com “a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado”.
Processo de substituição
A
partir da exoneração de Moro, a vaga de titular aberta deverá ser
oferecida por meio de 1 edital de remoção, do qual poderá participar
qualquer juiz federal titular interessado que atue não só no Paraná, mas
também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Os 3 Estados estão sob a supervisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com sede em Porto Alegre.
A escolha do novo titular da 13ª Vara é feita pelo Conselho de Administração do TRF-4, após análise dos candidatos.
A
preferência pela vaga se dá pelo critério de antiguidade. O TRF-4
possui sob sua jurisdição atualmente 233 juízes federais, dos quais 8
ingressaram em 1994, sendo os mais antigos e, portanto, com preferência
caso se interessem em assumir a Lava Jato.
Caso nenhum titular se
interesse pela vaga, ela é oferecida a título de promoção para algum dos
juízes federais substitutos que atuam no Sul, novamente com preferência
aos mais antigos. Nesse caso, é o plenário do TRF-4 quem escolhe o
candidato.
(com informações da Agência Brasil)
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