O governo federal lançou nesta quinta-feira (23/11) a Política de
Inovação Educação Conectada, programa que prevê conectividade na rede de
ensino do país. A medida é uma parceria entre os ministérios da
Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e
pretende universalizar o acesso à internet de alta velocidade nas
escolas, a formação de professores para práticas pedagógicas mediadas
pelas novas tecnologias e o uso de conteúdos educacionais digitais em
sala.
Segundo o MEC, a etapa inicial do programa receberá R$ 271 milhões
até 2018 e deve atender a 22 mil escolas em todo o país. Desse total, R$
255,5 milhões serão aplicados na melhoria da infraestrutura e conexão
das escolas, o que inclui a ampliação da rede terrestre de banda larga,
serviços de conectividade, infraestrutura de wi-fi, compra de
dispositivos e aquisição de um satélite de monitoramento.
Cerca
de R$ 15,5 milhões serão destinados ao financiamento da formação de
articuladores locais, construção de plataforma para cursos online e
produção de conteúdos específicos. A previsão do Ministério da Educação é
que até 2024 todas as escolas do país recebam conexão de alta
velocidade.
De
acordo com ministro da Educação, Mendonça Filho, a medida deve
beneficiar 12,8 milhões de alunos, o correspondente a 40% do total de
matriculados nos ensinos fundamental e médio.
O
presidente Michel Temer disse que a medida leva “o Brasil para o século
21”. “Em poucas décadas, nós sabemos, a internet transformou a vida de
todos. Jamais tivemos um volume de informações tão ao alcance”, afirmou.
“Agora, com essa Educação Conectada, vamos trazer de vez o mundo
digital para as nossas escolas. Não se trata apenas de entregar
equipamentos e promover acesso à educação, mas trata-se, mais que tudo,
de preparar nossos jovens para interagir com uma realidade que se renova
a cada dia”.
Uso pedagógico
O
programa Educação Conectada prevê um plano de formação continuada para
professores e gestores com cursos específicos sobre práticas pedagógicas
mediadas por tecnologia, cultura digital e recursos educacionais como
robótica. Segundo o MEC, entre 2017 e 2018 serão oferecidas bolsas de
três meses para 6,2 mil articuladores que atuarão localmente, no
processo de construção e implementação de ações na rede de ensino.
O
programa também inclui a Plataforma Integrada de Recursos Educacionais
Digitais, que foi produzida com base no conceito de rede social. A
plataforma vai integrar materiais digitais já desenvolvido pelo
Ministério da Educação e por instituições parceiras. A adesão à
plataforma já está disponível por meio do Sistema Integrado de
Monitoramento, Execução e Controle (Simec). As secretarias de educação
estaduais e municipais indicarão as escolas que desejam compartilhar a
nova política e que, posteriormente, deverão apresentar um plano de
inovação e tecnologia da educação de acordo com calendário a ser
divulgado pelo MEC.
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