Além de apontar decréscimo na atividade econômica no Brasil em 2018, a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera aumentos na taxas
desemprego, juros e na inflação do país. A projeção para a taxa de
desemprego passou de 11,8%, discutida em abril, para 12,4%. De acordo
com a CNI, a frustração com a retomada do crescimento econômico tem sido
a principal razão para a recuperação abaixo do esperado no que tange o
mercado de trabalho brasileiro.
A previsão para a inflação
medida pelo IPCA passou de 3,7% para 4,21%, abaixo ainda, da meta de
4,5% fixada para este ano. A expectativa é que a taxa de juros feche o
ano em 6,5%, acima da anterior, de 6,25%. Para as contas públicas,
espera-se que o governo federal finalize 2018 com um déficit primário de
2% do PIB.
A CNI também ressalta que haverá um aumento no
déficit nominal de 7,2% para 7,5%. A dívida bruta do setor público
alcançará 76,3% do PIB, 2,7% a mais do que era esperado no primeiro
quadrimestre. A entidade também destaca que, com o déficits fiscais e as
dívidas públicas crescentes, o próximo governo terá de fazer um grande
esforço para equilibrar as contas e que, apesar de crucial, apenas a
reforma da Previdência não será suficiente.
"São
necessárias medidas adicionais de contenção do crescimento dos gastos
obrigatórios, de modo a assegurar o cumprimento das metas fiscais
constitucionais - o teto dos gastos e a regra de ouro -, além da meta do
resultado primário", completa a CNI.
A confederação espera que o dólar chegue ao fim do ano cotado em R$
3,80, fechando uma média anual de R$ 3,63. Antes, a expectativa era que
ele chegasse em R$ 3,40 até o mesmo período, com média anual de R$ 3,35.
A CNI levanta ainda que o saldo da balança comercial deve até dezembro
chegar a um superávit US$ 62 bilhões (ante US$ 58 bilhões). Para o saldo
em conta corrente, a expectativa é de déficit de US$ 20 bilhões (ante
US$ 25 bilhões).
CP
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