O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja
reduzida em 0,5 ponto percentual, dos atuais 6% ao ano para 5,5% ao ano,
na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco
Central), marcada para esta terça e quarta-feira (18). A expectativa
consta da pesquisa semanal do BC a instituições financeiras no Boletim
Focus.
Para o mercado financeiro, a Selic voltará a ser reduzida em 0,5 ponto
percentual em outubro e permanecer em 5% ao ano na última reunião do ano
marcada para dezembro. O mercado também não espera por alteração na
Selic em 2020. A expectativa, que na semana passada a Selic estaria em
5,25% ao ano no fim de 2020, agora é 5% ao ano. Para 2021, a expectativa
é que a Selic volte a subir e encerre o período em 7% ao ano.
A taxa básica de juros é usada no controle da inflação, que está abaixo
da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2019 e
2020. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle
da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Comitê de
Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda
aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança.
De acordo com as previsões do mercado financeiro, a inflação, calculada
pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve ficar em
3,45%, em 2019. Essa foi a sexta redução consecutiva na estimativa, que
na semana passada estava em 3,54%.
Para 2020, a estimativa também foi reduzida, ao passar de 3,82% para
3,80%, na segunda revisão consecutiva. A previsão para os anos seguintes
não teve alterações: 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.
A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25%
em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
rescimento da economia
A previsão para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país — foi mantida em 0,87% em
2019.
A estimativa para 2020 caiu de 2,07% para 2%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração nas estimativas: 2,50%.
Dólar
A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,87 para R$ 3,90 e, para 2020, de R$ 3,85 para R$ 3,90.
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