O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje (16) o resultado
preliminar da adesão ao programa de escolas cívico-militares anunciado
no início de setembro. No total, 643 prefeituras se inscreveram no
programa, o que representa 11,5% dos municípios brasileiros. Dentre os
inscritos, 290 são de cidades da Região Nordeste.
De acordo com o ministro Abraham Weintraub, a adesão pode crescer nos
próximos dias. “Muitos municípios aderiram usando o serviço dos
Correios. Acreditamos que mais cartas de adesão de municípios [mais
distantes] devem chegar ao MEC”, disse. De acordo com o relatório
divulgado pelo MEC, Acre e Amapá ainda não tiveram nenhum pedido de
adesão confirmado.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, publicou em suas redes
sociais vídeo no qual o ministro dá um panorama sobre a adesão
dos municípios ao programa.
Antes de abrir o processo para os municípios, os estados foram consultados. O Distrito Federal e mais 15 unidades da Federação
aderiram ao programa. Nesta nova fase, apenas as prefeituras puderam se
inscrever para receber o modelo de escola cívico-militar, mesmo que os
respectivos estados não tivessem manifestado interesse.
Weintraub disse que haverá uma seleção entre os inscritos. A primeira
leva de escolas cívico-militares deve atender menos de 10% das
solicitações. “O plano prevê a implantação de 54 escolas. Portanto, há
excesso de demanda, e não escassez de oferta”, disse.
O ministro argumentou que fará uma consulta jurídica para saber como
incluir prefeituras localizadas nos 11 estados que não quiseram
participar do projeto. No Nordeste, responsável por quase metade das
inscrições, apenas o Ceará está inscrito.
Escolas diferenciadas
O modelo proposto pelo MEC para as escolas cívico-militares é
destinado a escolas públicas que ofereçam o ciclo final do ensino
fundamental (do 6º ao 9º ano), e que tenham de 500 a 1 mil alunos
matriculados. A situação de vulnerabilidade social dos jovens e um baixo
Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) também são fatores
determinantes na escolha da instituição.
De acordo com o plano educacional, as escolas terão como foco
“fortalecer valores humanos, éticos e morais, bem como incentivar a
formação integral do cidadão”.
As escolas passarão a ser administradas por militares da reserva, que
serão contratados por critérios ainda não definidos pela pasta.
Policiais e bombeiros militares também poderão participar do programa.
O MEC deve divulgar a lista final com os nomes dos municípios selecionados no dia 15 de novembro.
A.B.

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