Uma vacina que pode impedir que o câncer de mama se desenvolva ou
volte, assim como o de ovário, poderá estar disponível em 8 anos,
segundo um estudo da Mayo Clinic, em Jacksonville, na Flórida, Estados
Unidos.
A pesquisa está em fase inicial e levará ao menos três anos para que seja testada em um grande número de pacientes.
Segundo os pesquisadores, o imunizante é seguro. "Ele estimula o
sistema imunológico [para combater o câncer] ”, afirmou Keith Knutson,
um dos autores do estudo, à revista norte-americana Forbes.
Ela ainda explicou que a vacina não apresentou nenhum efeito adverso, a
não ser irritação na área aplicada, semelhante ao que ocorre na vacina
contra gripe.
O imunizante ainda deve passar por ensaios clínicos e aprovação do FDA
(Food and Drug Administration), que regulamenta medicações nos Estados
Unidos.
A Mayo Clinic divulgou que já têm duas vacinas, sendo uma contra o
câncer de mama triplo negativo e outra contra o câncer de mama positivo
HER2. Os pesquisadores revelaram que também estão trabalhando em um
imunizante contra o carcinoma ductal in situ, câncer de mama não
invasivo que leva a 300 mil novos casos por ano nos Estados Unidos, de
acordo com a revista.
Segundo Knutson relatou à Forbes, os ensaios têm alto custo,
chegando a custar US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões). Ensaios da
fases mais avançadas custam o dobro disso.
Knutson também realiza pesquisas sobre outras vacinas contra o câncer
focadas no conceito da imunoterapia e da terapia celular, que estimulam o
sistema imunológico do organismo a combater o tumor. Sua equipe se
dedica a descobrir como os tumores fogem do sistema de defesa do corpo.
"Se formos capazes de treinar o sistema imunológico para reconhecer
células anormais ou células pré-cancerosas, talvez ele possa eliminá-las
antes que elas se desenvolvem", afirmou Amy Degnim, cirurgiã da Clínica
Mayo, para a revista.
R7

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