terça-feira, 10 de setembro de 2024

AUTO DE INFRAÇÃO: Grupo Mateus recebe cobrança de mais de R$ 1 bilhão da Receita Federal

 O Grupo Mateus (GMAT3), um dos maiores nomes do varejo supermercadista do país, recebeu auto de infração da Receita Federal, no valor de R$ 1,059 bilhão. A autuação se refere ao Armazém Mateus, uma das controladas do grupo, e questiona a exclusão de créditos presumidos de ICMS da base de cálculo do imposto de renda pessoa jurídica contribuição sobre lucro líquido (CSLL) da empresa entre 2014 e 2021.



Em comunicado ao mercado, o Grupo Mateus diz que sua controlada é beneficiária de subvenções concedidas pelos estados e explica que as exclusões de crédito foram feitas de acordo com a legislação.

“A companhia juntamente com seus assessores avaliará detalhadamente a fundamentação do auto de infração e apresentará a devida impugnação no prazo regulamentar”, disse a empresa.

O grupo informou que a o valor da autuação está sendo classificada como perda “possível” pela empresa, não sendo necessário o provisionamento do montante. “O tema em questão reúne importantes e bons argumentos em favor da defesa do Armazém”, diz o comunicado.

A nota explica que o auto infração está em fase administrativa mas poderá ser discutido na esfera judicial.

Embora o aviso adicione risco a uma possível necessidade de provisionamento no futuro, a XP Investimentos acredita que esse não é o caso por enquanto, pois a empresa seguiu a legislação aplicável para calcular tais exclusões.


O Grupo Mateus é o quarto maior atacarejo do País, com 137 lojas no Maranhão, Pará e Piauí. Ilson Mateus construiu a rede que hoje emprega mais de 20 mil pessoas do zero, começando com uma pequena mercearia.

O negócio foi crescendo até atingir quase R$ 10 bilhões de faturamento, em 2019. Apesar da atuação regionalmente restrita, a companhia está atrás do Assaí (do GPA), Atacadão (do Carrefour) e do grupo chileno Censosud no nicho de atacarejos.

Antes de começar a trajetória de varejista, o fundador do Grupo atuou por cerca de um ano como garimpeiro. Depois de deixar o local sem encontrar ouro, ele começou outro negócio: a compra e venda de garrafas de vidro. Foi assim que ele chegou a Balsas, no sul do Maranhão, onde percebeu que havia demanda de migrantes do Rio Grande do Sul – que chegaram à área para plantar soja – por produtos básicos.




IM

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