segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

2,2 milhões de trabalhadores serão demitidos em 2016, desempregos em massa.


Mais de 2,2 milhões de vagas de trabalho com carteira assinada devem ser fechadas em 2016, conforme a previsão de analistas ao jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a PME (Pesquisa Mensal de Empregos), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até novembro do ano passado 1,9 milhão de trabalhadores já tinham perdido o emprego.

A avaliação é de que a redução dos postos de trabalho vai se acentuar com a economia em queda e a inflação acima de dois dígitos que está achatando o poder de compra das famílias. A tendência é o desemprego fechar o ano no Brasil em níveis próximos a 13% da força de trabalho.
A taxa de desocupação apurada pelo IBGE, em novembro do ano passado, ficou em 7,5%, o maior resultado para o mesmo mês desde 2008. Ou seja, o desemprego vai praticamente dobrar esse ano.
Juros
O fechamento de maior número de postos de trabalho este ano na comparação com 2015 vai se confirmando com a indicação do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros (Selic) ainda este mês, na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Econômica).
O economista José Luis Oreiro, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), disse ao Portal do PPS que subir a Selic para controlar a inflação só vai provocar mais desemprego.
“Não é necessário, é importante frisar, um novo aumento da taxa de juros em janeiro [para segurar a inflação] como a diretoria do Banco Central tem divulgado à imprensa”, afirmou.
“Para minimamente preservar os empregos, cuja taxa de desemprego acho que deve continuar aumentando em 2016, a convergência [da inflação] para o centro da meta deve ser deixada para 2017”, defendeu Oreiro.
Desindustrialização
A desindustrialização – perda de participação da indústria na composição do PIB (Produto Interno Bruto) – segue a passos largos nos 13 anos de governo do PT, e se reflete no fechamento de postos de trabalho do setor, que concentrou 44% das perdas. Já o comércio e serviços responderam por 30%, segundo dados apurados até novembro.
Rendimento em baixa
O rendimento médio real dos trabalhadores também está caindo. Segundo o IBGE, em novembro de 2015 foi estimado em R$ 2.177,20, o menor valor para o mesmo mês desde 2011.

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