Mais de 2,2 milhões de vagas de trabalho com carteira assinada devem ser fechadas em 2016, conforme a previsão de analistas ao jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a PME (Pesquisa Mensal de Empregos), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até novembro do ano passado 1,9 milhão de trabalhadores já tinham perdido o emprego.
A avaliação é de que a redução dos postos de trabalho vai se acentuar com a economia em queda e a inflação acima de dois dígitos que está achatando o poder de compra das famílias. A tendência é o desemprego fechar o ano no Brasil em níveis próximos a 13% da força de trabalho.
A taxa de desocupação apurada pelo IBGE, em novembro do ano passado, ficou em 7,5%, o maior resultado para o mesmo mês desde 2008. Ou seja, o desemprego vai praticamente dobrar esse ano.
Juros
O fechamento de maior número de postos de trabalho este ano na comparação com 2015 vai se confirmando com a indicação do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros (Selic) ainda este mês, na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Econômica).
O economista José Luis Oreiro, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), disse ao Portal do PPS que subir a Selic para controlar a inflação só vai provocar mais desemprego.
“Não é necessário, é importante frisar, um novo aumento da taxa de juros em janeiro [para segurar a inflação] como a diretoria do Banco Central tem divulgado à imprensa”, afirmou.
“Não é necessário, é importante frisar, um novo aumento da taxa de juros em janeiro [para segurar a inflação] como a diretoria do Banco Central tem divulgado à imprensa”, afirmou.
“Para minimamente preservar os empregos, cuja taxa de desemprego acho que deve continuar aumentando em 2016, a convergência [da inflação] para o centro da meta deve ser deixada para 2017”, defendeu Oreiro.
Desindustrialização
A desindustrialização – perda de participação da indústria na composição do PIB (Produto Interno Bruto) – segue a passos largos nos 13 anos de governo do PT, e se reflete no fechamento de postos de trabalho do setor, que concentrou 44% das perdas. Já o comércio e serviços responderam por 30%, segundo dados apurados até novembro.
Rendimento em baixa
O rendimento médio real dos trabalhadores também está caindo. Segundo o IBGE, em novembro de 2015 foi estimado em R$ 2.177,20, o menor valor para o mesmo mês desde 2011.
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