Faltando menos de 20 dias do fim da 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe, apenas 314,2 mil brasileiros procuraram os postos de saúde no estado do Maranhão. O número representa 18,2% do público-alvo do estado, formado por 1,4 milhão de pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe. Em todo o país, apenas 13,5 milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa 27,5% do público-alvo, formado por 54,2 milhões de pessoas. A meta, neste ano, é vacinar 90% desse público até o dia 26 de maio, quando termina a campanha. O Dia D de mobilização nacional para vacinação ocorrerá no sábado, dia 13 de maio.
O Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina,
garantindo estoque suficiente para a vacinação em todo o país. A
coordenadora Nacional do Programa Nacional de Imunizações do Ministério
da Saúde, Carla Domingues, alerta sobre a importância do público-alvo se
imunizar dentro do prazo de vacinação para evitar a gripe e seus
possíveis agravamentos. “É de fundamental importância que a
população-alvo busque, o quanto antes, os postos de vacinação para
garantir a proteção contra a influenza, principalmente neste período,
que antecede o inverno”, destacou.
Entre os públicos-alvo no estado do Maranhão, os trabalhadores de
saúde registraram a maior cobertura vacinal, com 34,1 mil doses
aplicadas, o que representa 30,4% deste público, seguido pelas gestantes
(23,1%) e puérperas (21,4%). Os grupos que menos se vacinaram são os
professores (11,8%), crianças (14,6%), indígenas (18,5%) e idosos
(19,3%). Entre as regiões do país, o Sul presentou o melhor desempenho
em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 48,5%, seguida
pelas regiões Sudeste (28,3%); Centro-Oeste (23,2%); Nordeste (19,5%) e
Norte (16%).
Desde o dia 17 de abril, a vacina contra a gripe está disponível nos
postos de vacinação a crianças de seis meses a menores de cinco anos;
pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas;
gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de
liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de
doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas
especiais, além dos professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui
pessoas com deficiências específicas devem apresentar prescrição médica
no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das
doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos
postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade
de prescrição médica. A escolha dos grupos prioritários segue
recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição
também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do
comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente
os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao
agravamento de doenças respiratórias.
VACINAÇÃO NAS ESCOLAS – O Ministério da Saúde está
incentivando os estados e municípios a vacinarem os professores contra a
gripe no ambiente escolar. A ideia é que os educadores sirvam de
exemplo para os alunos e reforcem a importância da vacinação como medida
de prevenção de doenças.
Este é o primeiro ano que os professores, tanto da rede pública como
privada, passam a fazer parte do público-alvo da Campanha Nacional de
Vacinação Contra a Influenza. Cerca de 2,3 milhões de profissionais da
educação poderão se vacinar contra a gripe, sendo 30 mil no Distrito
Federal. Para a mobilização nacional, no mês de abril, foram enviadas
cartas ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e ao
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS)
convidando os gestores a estimularem a participação das escolas na
vacinação tantos dos professores contra a gripe quanto das crianças e
adolescentes contra HPV e Meningite C.
A medida reforça a importância do profissional de educação na
estratégia de imunização, já que os professores têm contato diário com
dezenas de pessoas e assumem papel de destaque ao proteger sua própria
saúde, servindo de exemplo para seus alunos e a comunidade escolar. O
município que aderir a essa mobilização poderá garantir ainda mais altas
coberturas vacinais na sua cidade, evitando doenças e possibilitando
uma vida mais saudável para a população.
PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza
acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias,
eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também
ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em
contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o
Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de
prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia;
cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não
compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com
aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os
sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais
vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico.
Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de
outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o
agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de
três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e
prostração.
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde

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