A falta
de vagas para mulheres no cargo de médico veterinário, no concurso da
Polícia Militar do Maranhão, está sendo questionada pelo Conselho
Regional de Veterinária e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Segundo as entidades, o edital é inconstitucional e discriminatório.
Pelo edital do concurso estão sendo oferecidas 1.215 vagas para
candidatos com nível médio, superior e de ambos os sexos. Mas, nas duas
vagas oferecidas para o cargo de primeiro tenente da Polícia Militar
para médico veterinário, as mulheres estão fora da disputa.
Para elas o concurso disponibilizou apenas uma vaga e no cadastro de
reserva. As reclamações se multiplicaram no Conselho Regional de
Medicina Veterinária que decidiu abrir uma ação administrativa junto à
secretaria de Segurança Pública do Maranhão.
Segundo o conselho, dentro da medicina veterinária há mais de 40 áreas
de atuação do médico veterinário, e nenhuma faz distinção de sexos na
hora de assumir os cargos. Ainda de acordo com o conselho, no Maranhão
dos 1500 profissionais veterinários, 44 por cento são mulheres.
O sexo feminino representa 90% dos alunos que ingressam no curso da
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) todos os anos. Na ação
administrativa o conselho pede uma resposta num período de cinco dias.
Em nota, a Secretaria Estadual de Gestão e Previdência alegou que a lei
prevê a reserva de apenas 10% das vagas para as mulheres. E que no
edital não existem vagas suficientes para essa reserva. Mas para a OAB, o
edital fere a constituição e a convenção internacional que trata das
formas de discriminação contra a mulher.
E o curso mais concorrido no vestibular da UEMA é justamente o de
formação de oficiais, bacharelado em segurança pública da polícia
militar, na categoria feminina. São 330 candidatas por vaga. A
concorrência foi divulgada nesta quarta-feira (4) pela universidade (veja aqui).
G1-MA

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