A estudante de Design de Interiores, Ana Carolina Lima, é a autora do
projeto vencedor do 1º Concurso Cultural para a Seleção da Nova Arte
para Embalagem da Camisinha Masculina. Competição foi organizada pelo
Ministério da Saúde e a UNESCO no Brasil para mudar o visual das camisinhas distribuídas pelo Sistema Único de Saúde. Iniciativa recebeu 212 inscrições.

O resultado do concurso foi anunciado na terça-feira (26), em
Curitiba, durante a abertura do 11º Congresso de HIV/AIDS e 4º Congresso
de Hepatites Virais.
A arte ganhadora apresenta o botão de “ligar e desligar” – comum em
aparelhos eletrônicos – em verde fosforescente sobre fundo preto, com a
camisinha substituindo o traço central do desenho. “A proposta é atrair o
público jovem, que está cada vez mais conectado, com a mensagem
subliminar ‘fique ligado’”, explicou a designer, que tem 19 anos e cursa
o segundo período de sua graduação na Faculdade de Belas Artes, em São
Paulo.

Natural de São José dos Campos, a universitária, contou que soube do
concurso por meio de um cartaz num mural da instituição de ensino. “É o
primeiro concurso do qual eu participo”, disse. “Antes de chegar à arte
vencedora, havia esboçado outras três: uma simbolizando a capa de um
herói, outra com o símbolo da paz e uma terceira com a bandeira do
Brasil.”
Ana Carolina ganhou um pacote de viagem de três dias com acompanhante
para um dos sítios, no Brasil, do Patrimônio Mundial Cultural da
UNESCO. As atuais embalagens, em uso há mais de dez anos, não serão
totalmente eliminadas.
O segundo lugar do concurso ficou para o trabalho do estudante de
Publicidade e Propaganda, Raphael de Oliveira Lima, de Montes Claros, em
Minas Gerais. O jovem projetou uma embalagem simbolizando várias
identidades de gênero.
A ideia surgiu após ter lido uma reportagem sobre a Comissão de
Direitos Humanos de Nova Iorque ter reconhecido, em junho, 31
identidades de gênero distintas. “Meu objetivo é o de, por meio da arte,
levar as dúvidas para o debate; tive o cuidado de simbolizar cada
gênero, promovendo os direitos humanos”, afirmou.
U.B

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