Para um auditório esvaziado, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá
(RR), anunciou que os integrantes do partido aprovaram a mudança do nome
para MDB (Movimento Democrático Brasileiro), como era chamado durante o
regime militar. A decisão era um dos itens da pauta da convenção
extraordinária da sigla, realizada nesta terça-feira, em Brasília.
O
MDB foi criado em 1966, para fazer oposição à Aliança Renovadora
Nacional (Arena), partido que dava sustentação à ditadura militar. O fim
do bipartidarismo, em 1979, levou à reorganização do quadro partidário e
fez o MDB virar PMDB.
A mudança do nome,
às vésperas do ano eleitoral, é uma estratégia para dar uma repaginada
na sigla após Michel Temer assumir a Presidência da República.
Dirigentes negam que a alteração seja uma tentativa de "esconder" a
sigla atrás de uma nova marca, já que a cúpula da legenda e o próprio
Temer têm sido alvo de escândalos de corrupção, especialmente no âmbito
da Operação Lava Jato.
Durante
o evento, foi apresentado um vídeo e um jingle com uma espécie de
slogan que deve ser usado pela legenda: "Quem move o Brasil é o MDB."
Jucá também afirmou que serão criados novos grupos setoriais para
atender alas do partido como os evangélicos e o núcleo ambientalista.
Temer,
que chegou a cancelar a sua participação por medo de rachas e vaias
durante a convenção, voltou atrás e decidiu participar do evento. O
cancelamento gerou especulações sobre a saúde do peemedebista após ele
passar por três cirurgias nos últimos 45 dias.C.P.

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