A partir deste domingo (16), cerca de 700 internos dos regimes
fechado e semiaberto do Maranhão terão direito a saída temporária,
decorrente do indulto de Natal concedido pela Justiça Estadual. Para
garantir medidas de prevenção ao crime e maior taxa de retorno, será
feita a coletar do DNA desses presos.

O trabalho será feito pelo Instituto de Genética Forense. Os dados dos presos vão para o Banco de Dados de Perfis Genéticos.
“A lei prevê a coleta compulsória [obrigatória] de material genético
dos condenados por crimes hediondos. Agora ampliamos essa medida para os
internos do regime aberto semiaberto que farão a saída temporária”, diz
Christiane Cutrim, diretora do Instituto de Genética Forense.
“As informações serão disponibilizadas para todo o Brasil. Para nós,
essas informações são muito importantes na elucidação e prevenção de
crimes”, acrescenta.
Com o trabalho do Instituto de Genética Forense, da Polícia Civil do
Maranhão, o laboratório já é o maior do país em volume de inserção de
dados, por meio do sistema de Gerenciamento de Bancos de Perfis
Genéticos. A ferramenta é utilizada pelo Federal Bureau of Investigation
(FBI), agência federal norte-americana, e pela Polícia Federal.
O trabalho de coleta de dados dos internos dos regimes aberto e
semiabertos é uma iniciativa inédita no país. “Com os investimentos de
cerca de R$ 4 milhões feitos pelo governador Flávio Dino, nós
contribuímos com o maior volume de informações nessa rede, que integra
todo o país, além de contribuirmos para a elucidação de crimes”, explica
o Christiane Cutrim.
Prevenção e Tecnologia
A coleta de material genético de mais de 700 internos do Sistema
Prisional será feito por meio de um dispositivo indolor. Serão
recolhidos materiais genéticos da mucosa oral que poderão ser usados
para confrontos genéticos entre amostras recolhidas em locais de crime.
“Nós coletaremos esses perfis genéticos antes da saída temporária
desses detentos. Isso proporciona mais segurança para a população, que
no momento da saída temporária dos apenados se sente mais fragilizada”,
avalia o perito criminal Geyson Souza, gestor do banco.
O Banco de Dados de Perfis Genéticos do Maranhão já ajudou a elucidar
crimes no Maranhão e em outros Estados, por meio de análise de
coincidência de DNA coletado.
“Nós reabrimos um caso de violência sexual a partir do recolhimento
de informações genéticas. Também tivemos, neste ano, um caso em que a
Polícia Federal conseguiu identificar um crime de assalto a banco em
Goiás, a partir de dados que coletamos de um detento do sistema
prisional do Maranhão”, explica Geyson Souza.
PG

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