Um levantamento divulgado pelo UOL na última terça-feira (1) revela que o Tribunal de Contas do Maranhão está entre os dez tribunais de contas com as maiores remunerações do país. A média líquida salarial é de R$ 75,1 mil por mês. O valor supera mais que o dobro do recebido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, cujo salário médio líquido é de R$ 31 mil.
A análise, que levou em conta mais de 3.100 contracheques de conselheiros e substitutos em 30 das 33 cortes de contas do país, destaca que seis tribunais ultrapassam a marca dos R$ 100 mil mensais, com o TCE de Roraima liderando a lista (R$ 164,4 mil).
Assim como ocorre no Judiciário, os Tribunais de Contas adotam o pagamento de penduricalhos — gratificações, adicionais por acúmulo de função e licença-prêmio — que, embora tratados como benefícios extras, são incorporados aos contracheques, elevando os ganhos dos conselheiros.
O Ministério Público do Maranhão aparece com destaque em levantamento feito pelo portal Metrópoles, com base em dados da Transparência Brasil: entre 2023 e 2024, foram 315 pagamentos acima de R$ 100 mil a membros da instituição, em apenas um único mês.
Em maio do ano passado, uma promotora do estado recebeu R$ 240 mil. Ao longo do período analisado, os valores chegaram a R$ 236 mil em outros pagamentos mensais.
O festival de penduricalhos — entre auxílios, gratificações e indenizações — tem empurrado os vencimentos muito além do teto constitucional.
Segundo o economista Bruno Carazza, 100% dos integrantes do MP maranhense receberam acima do limite legal em 2023, hoje fixado em R$ 46.366,19.
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