sexta-feira, 7 de julho de 2017

Empresas familiares – nova pesquisa Sebrae


Ter um membro da família como sócio ou empregado é realidade entre a
maioria dos pequenos negócios. De acordo com recente pesquisa do
Sebrae, 52% das micro e pequenas empresas brasileiras podem ser
consideradas familiares, ou seja, possuem sócio ou empregado que são
parentes. No Maranhão, essa proporção é de 41%.

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O diretor-superintendente do Sebrae, João
Martins, ressalta que são necessários cuidados específicos para uma
empresa familiar manter a sustentabilidade no mercado.


Para a pesquisa foram entrevistados 3.301 donos de empresas de pequeno
porte (EPP) e microempresas (ME) e o Sebrae utilizou como definição de
“empresa familiar”, empreendimentos onde os parentes (pais, avôs,
filhos, sobrinhos, netos, cunhados) estão entre os sócios e/ou entre
os empregados e colaboradores. Dentre as análises foi observado que,
quanto maior o porte da empresa, maior é a participação familiar.

O levantamento do Sebrae constatou, também, que de cada dez empresas de
pequeno porte, seis são familiares. Quando a análise é feita entre as
microempresas, esse número cai para cinco, de cada dez.

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Os empresários Lilian e Paulo Ferrari trabalham
juntos, mas se disciplinaram desde o início do negócio a separar os
orçamentos e não misturar o dinheiro da empresa com as necessidades
domésticas.

“É muito comum que o empreendedor pense em montar um negócio para
melhorar seu orçamento e estabelecer um outro padrão de vida para a
família. No contexto das micro e pequenas empresas é mais comum ainda
que a família toda se envolva e trabalhe para que esse sonho se
concretize. Hoje, por exemplo, 42% das empresas que abrem as portas no
país, são motivadas por necessidades de seus proprietários –
principalmente nos dois últimos anos, onde o Brasil acumulou uma taxa
de 12% de desemprego (dezembro/2016) e, hoje, soma mais de 13 milhões
de desempregados”, ilustra o diretor superintendente do Sebrae no
Maranhão, João Martins.


Ao envolver a família no negócio são necessários alguns cuidados.
“É importante existir a preocupação com a gestão, não misturar as
contas domésticas com as da empresa e garantir que o parente, seja
sócio ou empregado, dê exemplo para os demais colaboradores e
desempenhe com eficiência e responsabilidade a sua função – o ideal
é cobrar resultados com até mais rigor para dar exemplo aos demais.
Sem essas precauções, quem perde é o negócio, que fica menos
competitivo”, alerta Martins.


O casal Lilian e Paulo Ferrari segue a ‘receita’ desde o início da
Padaria Empório Anna, em 2015. Localizada no coração da cidade de
Balsas, a empresa tem os dois como sócios-proprietários, com tarefas
bem definidas para cada um e responsabilidades compartilhadas.

“Desde o começo, fomos muito preocupados com gestão. Buscamos
orientação junto ao Sebrae, recebemos consultorias, treinamos nossa
equipe e nos aproximamos de nossos fornecedores para que fosse
estabelecida uma relação de confiança. Somos muito cientes desse
cuidado em não misturar o caixa da empresa com nossas necessidades
pessoais, pois precisamos cumprir com os compromissos do empreendimento
e isso inclui, também, investimentos para melhoria do negócio”,
aponta Paulo Ferrari.


“Como casal que trabalha junto, tivemos que nos impor uma disciplina
e, na empresa, sermos sócios de fato. Deixar os problemas familiares e
pessoais longe do negócio. Todo esse empenho começa a dar frutos. Foi
muito difícil no início, mas com o apoio que tivemos e as
capacitações e consultorias do Sebrae, temos bons resultados após
dois anos: um atendimento diferenciado, qualidade e mix de produtos que
nos conferem excelente clientela. Se não tivéssemos foco na gestão e
os orçamentos pessoas e empresariais se misturassem, estaríamos
enfrentando sérios problemas, com certeza”, acredita Lilian Ferrari,
contanto que hoje, o Empório Anna possui 33 funcionários.










SEBRAE-BACABAL-MA.
Patrícia Araújo

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