Jair Bolsonaro disse
nesta sexta-feira (9) que é preciso aprovar a Reforma da Previdência e
rever alguns direitos trabalhistas para garantir o aumento no número de
ofertas de emprego no país.
— Aqui no Brasil, o país dos direitos, tem direito para tudo, só não tem emprego.
No entanto, o presidente eleito afirmou que não vai retirar os direitos trabalhistas garantidos pela Constituição.
— Nós queremos destravar a economia.
Bolsonaro, que fez uma transmissão ao vivo da casa dele, no Rio de
Janeiro, também disse que deve divulgar na próxima semana os nomes dos
ministros do Meio Ambiente, da Saúde e de Relações Internacionais.
Sobre o Meio Ambiente, o presidente eleito comentou que o nome será uma escolha dele, diferente do que aconteceu com Tereza Cristina, que foi uma indicação da bancada do agronegócio para o Ministério da Agricultura.
— Quem vai indicar o ministro do Meio Ambiente? O Jair Messias Bolsonaro.
Bolsonaro também falou sobre o futuro Ministério da Educação e criticou as questões do Enem deste ano e a ideologia de gênero.
— Os pais querem ter tranquilidade quando mandam o filho para a escola. Não é para aprender a fazer sexo.
Aumento do Judiciário
O presidente eleito rebateu as críticas de que o aumento dos salários
do Judiciário é a primeira derrota do governo dele. De acordo com
Bolsonaro, ele ainda não é presidente e que esses comentários são para
criar "problemas junto as instituições".
— Estão colocando na minha conta o reajuste do Judiciário, como se eu
tivesse poderes para impedir. Eu dei a minha opinião, que era
inoportuno, mas a decisão não é minha, a decisão é do presidente Michel
Temer (MDB).
Reforma da Previdência
Sobre a Reforma da Prevdiência, Bolsonaro disse que seria um “absurdo”
aumentar a contribuição previdenciária, mas reafirmou que pretende votar a Reforma da Previdência.
— Queremos a reforma previdenciária, mas não como está aí.
Exploração da Amazônia
O presidente eleito também mostrou interesse em permitir que empresas
de alguns países explorem os recursos naturais da Amazônia. Em
transmissão ao vivo pelo Facebook, questionou "por que não fazer acordo"
para explorar a região, "sem viés ideológico".
Bolsonaro afirmou que os Institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) cometem "caprichos".
Ele disse ainda que pretende avançar com o turismo em áreas protegidas ambientalmente para garantir que não sejam abandonadas.
— Se tivesse hotéis em áreas protegidas, o meio ambiente estaria
preservado. O turismo preservaria o meio ambiente e não essa forma xiita
do Ibama.
Embora mostre interesse em explorar a Amazônia, Bolsonaro não informou
quais setores e países teriam acesso à região em seu governo. Com a
China, especificamente, disse não ter problema e que prova disso é que
recebeu o embaixador do país asiático. Durante a campanha, Bolsonaro
criticou a presença chinesa no mercado brasileiro, sobretudo, no setor
elétrico, ao afirmar que o país não comprava no Brasil, mas o Brasil.
Mais uma vez, apenas citou o mercado de nióbio, que, segundo o presidente eleito, "não será privatizado".
Moro
Bolsonaro também prometeu um intenso combate à corrupção durante seu
governo com o juiz federal Sérgio Moro à frente do Ministério da
Justiça.
— Moro vai pegar vocês, corruptos. Antes ele pescava de varinha, agora vai ser com rede arrastão de 500 metros.
Ele ainda disse que Moro terá carta branca para trabalhar e voltou a
dizer que conversou com o juiz somente após o segundo turno das eleições
2018. Antes disse, a única interação entre os dois havia sido meses
antes em uma conversa rápida em um aeroporto.
R7
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