O Ministério
Público Federal (MPF) no Maranhão conseguiu na Justiça Federal a
interdição de um empreendimento de carcinicultura (técnica de criação de
camarões em viveiros) no interior da APA Delta do Parnaíba, no
município de Água Doce (MA). A atividade era realizada por Clodomir
Cardoso dos Santos, que explorava economicamente o interior do espaço
territorial especialmente protegido e causou danos diretos à Unidade de
Conservação Federal.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
em ato fiscalizatório no dia 9 de dezembro de 2016, constatou a
atividade. Em um dos trechos do relatório de fiscalização, o ICMBio
explicou a periculosidade da atividade para o meio ambiente: “A
atividade de produção de camarão em cativeiro, denominada
carcinicultura, é potencialmente poluidora e que está associada quase
que em sua totalidade em área de manguezal, incluindo a feição salgado e
apicum. A espécie cultivada, Litopenaeus vannamel, é exótica de
procedência asiática, cujo manejo deve ser bem cuidadoso, uma vez que
caso de soltura involuntária pode acarretar danos às espécies nativas e
comprometer toda a cadeia produtiva do camarão no estuário e na zona
costeira da APA Delta do Parnaíba.”
De acordo com o
MPF, a partir da comprovação de que o requerido instalou e operou
empreendimento potencialmente poluidor, sem o devido licenciamento
ambiental, foi autuado num total de quatro vezes em razão da manutenção
da atividade irregular, mas permaneceu atuando. Assim, fez-se necessária
a intervenção judicial para cessar a irregularidade.
A partir disso, a
Justiça Federal determinou que Clodomir Cardoso dos Santos se abstenha
de realizar atividade de exploração de viveiros de camarão no interior
da Unidade de Conservação Federal, com o fechamento dos canais de acesso
das águas e retirada dos espécimes em cativeiro no prazo de 30 dias.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Maranhão
Tel.: (98) 3213-7100
E-mail: prma-ascom@mpf.mp.br
Twitter:@MPF_MA
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